Efeitos do fogo na sobrevivência e regeneração das árvores num ecossistema mediterrânico
Title | Efeitos do fogo na sobrevivência e regeneração das árvores num ecossistema mediterrânico |
Publication Type | Conference Paper |
Year of Publication | 2006 |
Authors | Catry, F. X., Rego F. C., Bugalho M. N., & Lopes T. |
Editor | Viegas, D. X. |
Conference Name | V International Conference on Forest Fire Research |
Date Published | 2006/// |
Keywords | espécie de árvore, mortalidade, Recuperação pós-fogo, regeneração natural |
Abstract | Portugal é o único país da Europa Mediterrânica onde a média anual de área ardida aumentou nas últimas duas décadas. Embora os fogos florestais representem anualmente perdas muito importantes a um nível nacional, existem poucos estudos que avaliem a mortalidade e a capacidade de auto-regeneração das diferentes espécies de árvores nas áreas ardidas. Depois de um incêndio ocorrido em Setembro de 2003, iniciámos um projecto de investigação numa área pública no Centro-Oeste de Portugal. O objectivo principal deste estudo, ainda a decorrer, é avaliar a capacidade de regeneração pós-fogo de diferentes espécies de árvores presentes no país. Esperamos quantificar as taxas de sobrevivência/mortalidade das espécies seleccionadas em relação a determinadas variáveis, como é o caso da severidade do fogo, altura e diâmetro das árvores, e avaliar as estratégias de regeneração das árvores assim como as suas taxas de crescimento depois da perturbação do fogo. Neste estudo foram seleccionadas para monitorização 667 árvores de 11 espécies diferentes, nomeadamente: Castanea sativa, Crataegus monogyna, Eucalyptus globulus, Fraxinus angustifolia, Olea europaea var. sylvestris, Pinus pinaster, Pinus pinea, Pistacia lentiscus, Quercus coccifera, Quercus faginea e Quercus suber. Os resultados obtidos duas Primaveras depois do fogo mostram que quase todas as espécies de folhosas (9 espécies) sobreviveram ao fogo. Contrariamente, a maior parte das coníferas morreram depois do fogo. Apesar da baixa mortalidade observada nas folhosas, a maior parte não regenerou de copa mas apenas de toiça (base do tronco), tronco ou raízes, o que significa que o processo de recuperação será muito mais lento. As únicas excepções foram o sobreiro e o eucalipto. Entre as espécies nativas a Quercus suber foi de longe a mais resiliente ao fogo. Das espécies que rebentaram de toiça, o Eucalyptus globulus foi o que recuperou mais depressa, seguido pelo Fraxinus angustifolia e Quercus faginea. |
URL | http://www.phoenixefi.org/uploads/docs/Catry_et_al_2006_ICFFR_Fire_and_treesurvival.pdf |