MEDIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM COBERTOS DESCONTÍNUOS: MONTADO DE SOBRO NA REGIÃO DE LISBOA Mª Isabel F. R. FERREIRA

TitleMEDIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM COBERTOS DESCONTÍNUOS: MONTADO DE SOBRO NA REGIÃO DE LISBOA Mª Isabel F. R. FERREIRA
Publication TypeConference Paper
Year of Publication2004
AuthorsFerreira, Mª. Isabel F., Silva R. M., & Paço T. A.
Conference Name7º Congresso da Água, Lisboa
Date Published2004///
PublisherASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
Keywordságua, Evapotranspiração, Fluxo de seiva, Quercus suber, Tejo
Abstract

A quantificação do uso da água pelos cobertos lenhosos está em geral mal documentada. Em Portugal este aspecto não é irrelevante já que cerca de 2/3 da superfície agrícola útil corresponde a este tipo de cobertos (pomares, florestas, vinhas, vegetação natural,...). Em cobertos regados, a evapotranspiração (ET) segue genericamente a tendência da evapotranspiração de referência (ETo). Porém, em cobertos não regados, em condições de secura estival, essa relativa proporcionalidade deixa de existir. Nessas circunstâncias, e face à escassez actual de modelos adequados, a resolução da incerteza relativamente aos consumos pressupõe a medição directa da ET ou das suas componentes. Aplicou-se o método micrometeorológico das flutuações instantâneas ou correlações turbulentas (eddy covariance) num vasto montado com utilização silvo-pastoril, relativamente denso, no vale do Tejo (entre Montijo e Palmela). Para a estimativa da transpiração (T) foi usado um método térmico de medição do fluxo de seiva. Os resultados apresentados são de 2002 e 2003, para o fluxo de seiva e 2003 para a ET. As observações complementares permitiram testar a qualidade das medições dos fluxos atmosféricos. Dos resultados da medição da ET pelo método EC (Maio a Setembro de 2003), pode constatarse que, apesar das condições atmosféricas para a evaporação serem mais favoráveis no Verão que na Primavera, houve um decréscimo de ET de cerca de 4 mm/dia em Maio (50% da energia disponível), para cerca de 2 mm/dia em Junho e, finalmente, para cerca de 1 mm/dia, em início de Agosto e em fim de Setembro (15 a 20% da energia disponível).