Alterações estruturais da base de estacas de sobreiro (Quercus suber L.) em enraizamento, após escurecimento e AIB

TitleAlterações estruturais da base de estacas de sobreiro (Quercus suber L.) em enraizamento, após escurecimento e AIB
Publication TypeAudiovisual
Year of Publication1996
AuthorsRibeiro, M. M. A., Amâncio S., & Quilhó T.
Series TitleSimpósio de Propagação Vegetativa de Espécies Lenhosas, Castelo Branco, 18 a 20 de Outubro
PublisherIPCB. Escola Superior Agrária
Keywordsanatomia, Enraizamento, estacas, propagação vegetativa, Quercus suber L., sobreiro
Abstract

Estacas em enraizamento, retiradas de jovens plantas de sobreiro com 7 meses, foram utilizadas na recolha de amostras para acompanhamento anatomo-histológico das modificações estruturais da sua base. As plantas-mãe foram submetidas durante um mês a um pré-tratamento de escurecimento, que consistiu no envolvimento da parte do caule correspondente à futura base da estaca por uma banda preta. Em metade das plantas sujeitas ao escurecimento aplicou-se auxina (AIB em pó, na concentração de 0,5%) antes da colocação da banda preta. Para a montagem do ensaio de enraizamento, as estacas foram preparadas com cerca de 7 cm e, em cada grupo dos pré-tratamentos prévios das plantas mãe (só escurecimento ou escurecimento e AIB), metade foram tratadas com AIB na mesma formulação e dosagem. Realizaram-se seis colheitas de material (base das estacas em enraizamento), ao longo do mês que se seguiu ao início do ensaio, para posterior observação de cortes histológicos. No dia 0 observaram-se diferenças em relação à testemunha (não submetida a escurecimento), especialmente ao nível da periderme e do xilema. Até ao dia 20 as diferenças estruturais das estacas submetidas ao tratamento prévio de escurecimento foram-se acentuando, com alteração da disposição normal dos tecidos e aparecimento, por vezes abundante, de callus. Outra alteração ocorreu ao nível do anel de fibras perivasculares que rodeia o floema, que começou a evidenciar rupturas. No tratamento que incluía o escurecimento e a aplicação de AIB na banda preta surgiram, a partir do dia 3, descontinuidades nesse anel que se acentuaram ao longo do tempo, até que a partir do dia 14 essa estrutura praticamente deixou de existir. A partir desse dia e especialmente no dia 20, observou-se uma grande proliferação das células de floema e córtex, em particular as células parenquimatosas e ainda alteração ao nível do câmbio que deixou de ser nítido e único. A aplicação de AIB à base da estaca antes de esta ser posta a enraizar não conduziu a diferenças tão evidentes como o tratamento de escurecimento. Para todos os tratamentos efectuados as modificações surgiram primeiro na zona do nó e só depois na zona do entrenó.